Destaques de 7 anos de Quadrinheiros

Para comemorar o aniversário do blog, uma seleção de textos desses 7 anos de existência.

 

 

 

 

John Holland

Imagem de divulgação do curso ofertado em 2015

Meu caso é um pouco diferente da maioria dos outros membros do site, pois passei de consumidor de conteúdo para criador nos Quadrinheiros. Acompanhei o blog praticamente desde o seu início, porém os três textos que escolhi possuem uma relação com um momento de grande descoberta, tanto com relação ao site quanto com as histórias em quadrinhos.

Por alguns meses, ainda no Ensino Médio, tive tempo de ler dezenas de histórias em quadrinhos da Vertigo e começar uma paixão com relação a tudo que estava relacionado ao selo. Por coincidência, esse momento calhou com o curso da Vertigo dos Quadrinheiros.

Posso dizer que foi uma das experiências mais intensas que tive com histórias em quadrinhos na vida, aquele momento tanto firmou minha paixão pela Vertigo, quanto me abriu um mundo de possibilidades com relação a estudos e quadrinhos. Todo o resgate histórico, aspectos filosóficos que foram relacionados aos quadrinhos durante aqueles encontros, foram essenciais para minha visão sobre hq hoje.

Portanto citarei, três textos que me fizeram enxergar diferentes aspectos do selo Vertigo. Complementando com a experiência do curso, são pontos fundamentais para que se tenha um entendimento do que aconteceu, desde o resgate histórico pré-vertigo, até o que o selo se tornou hoje.

Um reflexo da desilusão: a Guerra Fria e o selo Vertigo por Velho Quadrinheiro

O lado B da Vertigo – Garth Ennis, Preacher e a sombra da corporação por Picareta Psíquico

5 lições que Transmetropolitan pode te ensinar sobre política e jornalismo por Nerdbully

Que os Quadrinheiros tenham um futuro mais bonito que a Vertigo!

 

Picareta Psíquico

Histórias em quadrinhos são uma linguagem distinta das demais. Entender isso é o que me mantém lendo e investigando essa mídia há décadas. A singularidade dessa linguagem dá a ela a capacidade de comunicar de forma clara e direta (pense num manual técnico ilustrado, ou nas instruções de segurança em aviões).  E a complexidade dos quadrinhos permite que as narrativas acumulem camadas de significado, e portanto de leitura, abrindo possibilidades únicas para contarmos histórias e ampliarmos nossa compreensão da realidade.

Por envolver o leitor dando a ele um papel ativo, por apresentar a ele diversas camadas e pontos de vista, os quadrinhos podem ser vistos como um símbolo do protagonismo e da cacofonia da civilização contemporânea. Não é pouca coisa.

Os posts que eu destaco mergulham nessa investigação e colocam os quadrinhos no seu lugar merecido:

Umberto Eco: cultura de massa e quadrinhos por Velho Quadrinheiro

Quadrinho é cultura? por Beatriz Sequeira

Desaplanar: viagem sem volta por Dani Marino

 

NERDBULLY

Na série House, no episódio You Don’t Want to Know (S04E08), House está tratando um mágico. Ele executa uma mágica na sua frente e ele não consegue entender como o mágico consegue fazer executá-lo. No episódio, há o seguinte diálogo, em livre tradução e editado. Grifos meus:

HOUSE: Como você fez o truque?

MÁGICO: Ah, se eu explicar se torna banal, e você perde a verdadeira magia.

HOUSE: Como assim verdadeira magia? Você acha mesmo que corta uma mulher ao meio?

MÁGICO: Você vai me dizer o que tenho de errado ou não?

HOUSE: Magica é legal. Magica de verdade é um oxímoro.

MÁGICO: Você só vai me contar se eu te contar?

HOUSE: Você pediu para a enfermeira colocar a carta no lugar.

MÁGICO: Eu nem consigo uma enfermeira para me ajudar a ir ao banheiro.

HOUSE: Você pediu para um amigo colocar a carta no lugar.

MÁGICO: A graça é não saber.

HOUSE: A graça é saber.

(…)

MÁGICO: As pessoas veem ao meu show porque elas querem algum senso de maravilhamento. Elas querem algo que não podem explicar.

HOUSE: Se o maravilhamento acaba quando a verdade é descoberta, nunca houve nenhum maravilhamento.

Eu concordo com House. A graça é saber. O maravilhamento só alcança o ápice quando entendemos o truque por completo. Quando a mágica é explicada. Quando o artifício de roteiro é exposto, quando o clichê é evidenciado, quando as referências são percebidas.

Dito isso, para mim, destaco alguns posts em que mostramos os truques utilizados pelos criadores das narrativas que consumimos. Os posts abaixo são aqueles em que isso é feito com maestria:

Miracleman e Monstro do Pântano: o método Alan Moore por John Holland

O que é um bom final de história? por Velho Quadrinheiro

Visão (de Tom King): entre Philip K. Dick e Shakespeare por Picareta Psíquico

E o melhor? O melhor ainda está por vir…

Sobre Picareta Psíquico

Uma ideia na cabeça e uma história em quadrinhos na mão.
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