5 quadrinhos obscuros mas influentes da Era de Prata

silver ageUma lista com 5 histórias pouco conhecidas mas extremamente relevantes da Era de Prata!

As histórias da Era de Prata (1956-1970) ficaram marcadas pelo Comics Code e por criar certas noções de que “heróis não matam”. Marcam uma nova geração de heróis e novas versões de personagens da Era de Ouro como o Flash e Lanterna Verde. São histórias mais leves se comparadas à Era de Ouro, com temáticas tiradas da ficção científica e num tom quase surreal.

Não obstante, sua influência pode ser notada nos trabalhos de grandes nomes na indústria como Geoff Jonhs (que não sossegou até trazer de volta os heróis de sua infância, o Lanterna Verde e o Flash da Era de Prata, respectivamente Hal Jordan e Barry Allen), Mark Waid, Brad Meltzer e tantos outros.

Flash-and-Green-Lantern-Silver-Age

Hoje em dia o interesse sobre as Eras passadas está sendo estimulado. Na coleção Os Heróis Mais Poderosos da Marvel, da Salvat, temos a primeira aparição de cada herói ao qual a edição é dedicada. Também na coleção de graphic novels da DC pela Eaglemoss, cada edição vem acompanhada de uma história clássica que remete ao tema da edição, normalmente da Era de Prata.

Mas é fácil saber que a primeira aparição do Flash ou do Quarteto Fantástico foram influentes. O que tentei fazer com essa lista foi trazer 5 histórias relativamente pouco conhecidas (ou dificilmente lembradas) mas influentes dessa que talvez tenha sido a mais influente das Eras.

Daredevil #4 por Stan Lee (roteiro) e Joe Orlando (desenhos)

daredevil demolidor

Matt Murdock é chamado para defender um assaltante de bancos. Longe de ser um qualquer, o criminoso é ninguém menos que Zebediah Killgrave, o Homem Púrpura, que faz sua estreia nessa número, e que recusa a defesa. Percebendo os poderes de Killgrave, Matt tenta arrancar uma confissão dele como Demolidor.

É influente porque…

Nas mãos de Brian Bendis em Alias o poder de Killgrave foi mostrado em toda a sua crueldade e abuso, ideia aproveitada também para a adaptação do Netflix, Jessica Jones.

Detective Comics #235 (1956) por Bill Finger (roteiro) e Sheldon Moldoff (roteiro)

Detective_Comics_235

Nessa história descobrimos que a morte dos pais de Bruce Wayne não foi fruto do crime e da violência pura e simples, mas parte de uma vingança do assaltante de bancos Lew Moxon. A história também mostra Thomas Wayne numa fantasia de morcego, o que teria influenciado a escolha do filho em se tornar no Batman.

É influente porque…

O tema da morte dos pais do Batman ser parte de uma conspiração foi retomado em Batman: Terra Um por Geoff Johns e a lembrança do pai de Bruce com a fantasia de morcego em Batman RIP de Grant Morrison.

Adventure Comics #369-370 (1968) por Jim Shooter (roteiro) e Curt Swan (desenhos)

Adventure Comics #369

Alguns membros da Legião dos Super-Heróis fogem no tempo para não confrontar o terrível Mordru, indo para Smallville e disfarçando-se de adolescentes comuns. Mordru os persegue e, para despistá-lo, os Legionários fogem, esquecendo suas identidades secretas num processo de auto-hipnose. Ao final os Legionários recordam-se de suas identidades e enfrentam o feiticeiro. Com o auxílio de um feitiço derrotam Mordru, enterrando-o novamente.

É influente porque…

Mark Waid disse uma vez em uma entrevista que tudo o que já escreveu remete à essa história. Ou seja, se você leu e gostou do Reino do Amanhã e de outros trabalhos de Waid como sua fase com o Demolidor, deve isso a essa história! Conheça em detalhes essa história aqui. 

Fantastic Four #4 (1961) por Stan Lee (roteiro) e Jack Kirby (desenho)

fantastic four 4

A primeira aparição do Príncipe Submarino na Era de Prata, buscando vingança contra os humanos e contando com o Quarteto para impedi-lo.

É influente porque…

Foi o primeiro quadrinho da Marvel a fazer uma referência à época da Timely Comics, mostrando que os universos da Timely e da Marvel eram os mesmos, lançando a semente dos universos compartilhados e crossovers na Casa das Ideias, que são extremamente lucrativos hoje em dia.  Sem dúvida uma visão pioneira de Stan “The Man” Lee e Jack “King” Kirby.

Superman #132 (1959) por Otto Binder (roteiro) e Wayne Boring (desenhos)

Superman_v.1_132

Como forma de gratidão pelo Superman tê-lo ajudado, Batman o presenteia com cópias de fotos tiradas em Krypton pelo Superman capturando  raios de luz que deixaram o planeta antes da explosão (sim, na Era de Prata isso era possível). Batman aconselha a usá-las no computador da Fortaleza da Solidão como base de dados para que o computador responda como seria a vida do Superman caso Krypton não tivesse explodido.

É influente porque…

O tema do que teria sido a vida do Superman em Krypton é retomado na clássica história de Alan Moore e Dave Gibbons, For The Man Who Has Everything, de 1985. Curioso notar que na história de 1959 o Batman chega a dizer que é difícil presentear o Superman, pois ele “já tem tudo o que é possível e imaginável na sua coleção”.

***

Se você se interessa pelas Eras dos quadrinhos de super-heróis clique aqui e conheça nosso livro sobre o assunto!

Sobre Nerdbully

AKA Bruno Andreotti; Historiador e Mestre do Zen Nerdismo
Esse post foi publicado em Nerdbully e marcado , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Guardar link permanente.

Comente!