Conheça ou relembre as melhores histórias com o Deus do Trovão!
Hoje é a estreia de Thor: Ragnarok, o terceiro filme do deus de Asgard. Criado na Era de Prata por Stan “The Man” Lee e Jack “King” Kirby, Thor destoa dos demais heróis do período por sua origem mitológica, quando a maioria dos heróis eram ligados à ciência e à ficção científica.
Aproveitamos o ensejo para relembrar algumas das melhores histórias com o Deus do Trovão (e não propriamente dele).
Loki (por Rob Rodi e Esad Ribic)
O que seria de um herói sem um vilão à altura? Nessa história é mostrada a verdadeira natureza da relação entre Loki e seu irmão com toques shakespearianos.
Thor Sapo (por Walt Simonson)
Nessa história Thor é transformado em sapo por Loki. Menos conhecido é o fato de que a história é uma espécie de homenagem de Simonson às histórias do Pato Donald que ele e o irmão liam quando crianças, escritas pelo lendário Carl Barks.
A Saga de Surtur (por Walt Simonson)
Criado por Stan Lee e Jack Kirby, Surtur está entre os maiores inimigos do Deus do Trovão. A saga teve um grande impacto na cronologia do personagem, com Odin supostamente morto (como é de praxe nos quadrinhos) e Thor e Loki disputando o domínio de Asgard.
A Balada de Bill Raio Beta (por Walt Simonson)
Parece que estamos vendo um padrão aqui, mas não há como negar, Walt Simonson é um dos melhores criadores que já passaram pelo personagem. Seria injustiça não mencionar uma das melhores variações de Thor já criadas, Bill Raio Beta, digno o suficiente para que Odin o presenteasse com o martelo Rompe-Tormentas (Stormbreaker). A introdução do personagem representou um aumento significativo de vendas no título.
Thor vol.3 (por Michael J. Michael Straczynski e Oliver Coipel)
Fase que conseguiu resgatar a essência do personagem, que não era vista desde os dias de Simonson com o título, com alguma dose de inovação.
Thor (por Jason Aaron)
Jason Aaron vem sendo aclamado como um dos melhores escritores do personagem, apostando em sua dimensão épica, tendo iniciado em 2012 e até agora com o deus asgardiano.
…And so to die (John Buscema e Stan Lee)
Indicação de Luciano Cunha, criador do Doutrinador
Hela decide levar Thor para que Odin “pague um tributo”. Todos os personagens do universo de Thor participam e Sif oferece sua própria vida à Hela para que Thor sobreviva.
Quadrinheiros 
O terceiro filme da franquia de Thor é veloz, bem humorado, mescla várias tramas dos quadrinhos e é fácil de assistir. Entretanto, trai a concepção dos dois primeiros. O primeiro Thor tinha o tom shakespeariano, num interessante triângulo entre Odin, Thor e Loki e seus intrincados sentimentos paternos e fraternos, além de um belo final com um Thor apaixonado e separado da mulher amada. O segundo segue uma linha semelhante, com a rivalidade entre Thor e Loki bem conduzidas e algumas cenas sombrias e com alguma densidade. Já este terceiro Thor apresenta o protagonista e seu rival Loki como personagens leves, praticamente amigos, bem humorados um para com o outro, e uma referência a Jane como uma relação superficial que se esvaziou como se tivesse sido uma paixão descartavel. Nesse sentido, não parece que estamos diante do Thor dos quadrinhos, mas de um Chris Hemsworth confortável em ser ele mesmo, debochado, crianção e de bem com a vida. Bom como espetáculo, mas um final de trilogia que foge ao clima e à estrutura narrativa dos filmes iniciais, perde em coerência e trai o lado mítico e formal do personagem.
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