Acabou a criatividade da NetherRealm?

O Estúdio Netherrealm da Warner Bros está variando entre um lançamento de Mortal Kombat (MK) e um de Injustice. Ambas as franquias fizeram bastante sucesso e foram alavancadas como algumas das mais lucrativas da Warner nos últimos anos. Injustice conseguiu abranger um sucesso comercial maior, pois a quantidade de itens vendidos em volta do jogo (cadernos, quadrinhos, bonecos etc.) foi superior. Quando a desenvolvedora aplicou diversos dos elementos de Injustice em MK X o jogo apresentou queda na qualidade em vários aspectos importantes, como em sua narrativa que ficou incompleta, pois o restante da história estava nos quadrinhos. Mas será que com os problemas e críticas, a empresa afastou MK de Injustice?

No aspecto que mais prejudicou o jogo anterior, sim, que foi o desenvolvimento de histórias paralelas e complementares (que na verdade são obrigatórias) em outras mídias. Em relação aos quadrinhos nada foi anunciado para MK 11. As críticas até o momento confirmam a ideia que a narrativa é mais concisa que a de MK X, não deixa furos e empolga mais que a do jogo anterior.

Apesar da empresa ter corrigido este problema, ela pode ter criado outro usando novamente como base sua franquia de super-heróis. A história do game mostra a corrupção de seu maior herói (Raiden), viagem no tempo, união entre heróis e vilões de tempos diferentes e universos alternativos, com reencontros apresentando lutas inesperadas de personagens que sempre foram aliados. Olhando sob este aspecto parece uma repetição da história do primeiro Injustice em que o Superman se corrompeu e foi necessário o encontro de heróis e vilões de universos diferentes para conter o maior herói do universo DC.

Fica claro que a estrutura da história de MK 11 e Injustice 1 são praticamente iguais. Não é um problema que exista inspiração entre uma franquia e outra, pois elas são dos mesmos criadores, inclusive influências de mecânicas e aspectos narrativos já haviam sido trocados, mas criar a mesma história entre eles pode cansar os jogadores.

Essa não é a única semelhança entre as duas franquias, porém os outros itens de Injustice que entraram em Mortal Kombat são positivos para todos. A customização de lutadores foi um dos itens mais divertidos do Injustice 2 e agora foi incorporado em MK 11. Essa customização de roupas, permite aumentar os status dos lutadores, mudar seus visuais, golpes e estratégias de luta. Por exemplo, Sporpion que um jogador usa, não é essencialmente igual ao do outro, pois mesmo mantendo as semelhanças, será possível adaptar os golpes ao estilo do jogador.

MK11 tem tudo para ser um dos grandes jogos de campeonatos do momento, pois o trabalho em suas mecânicas é o que temos de mais robusto nos games de luta contemporâneos, mas há o problema da narrativa, relevante para muitos jogadores.

Particularmente o modo história dos games da Netherrealm sempre me cativaram e foram a parte mais relevante de suas experiências, porém com MK X e Injustice 2 tendo sido mais fracos, fica o receio de MK 11 repetir a fórmula do primeiro Injustice. Não podemos afirmar antes do lançamento se a história vai seguir o passo a passo do primeiro Injustice, porém fica o receio de pagar 250 reais em um lançamento de um jogo praticamente repetido com um título de 2013.

No fim estamos torcendo pela Netherrealm e para os monges shaolin que façam um novo e grandioso espetáculo como foi em 2011 o remake Mortal Kombat 9.