Para os fãs de games e quadrinhos a espera por Injustice 2 foi longa e repleta de dúvidas, porém chegou a hora e o resultado é…?
No dia 11 de maio de 2017 foi lançado Injustice 2 para Playstation 4 e Xbox One, que foi bem avaliado, obtendo uma média 87/100 nas reviews mundias. O game foi construído sob a base de Mortal Kombat X (MK X) com um enredo que nos apresenta Brainiac como vilão e uma necessidade de reunião dos heróis brigados no primeiro ano de Injustice 1.
Mesmo possuindo todos os elementos que os fãs gostariam de ver em um game baseado no universo da DC comics será que Injustice 2 conseguiu superar seu antecessor e até mesmo ser o melhor jogo de luta dos últimos anos? Depende.
A Netherealm studios conseguiu novamente entregar um produto com um altíssimo padrão de qualidade. O jogo possui uma mecânica ágil, divertida, complexa para quem deseja se aprofundar e simples para as pessoas que procuram uma diversão despretensiosa e belíssimos gráficos (destaque para os rostos e uniformes).
Ótimas adições foram apresentadas neste game, como o sistema de customização de personagens que deixa as partidas ainda mais acirradas, onde você pode trocar a armadura de seu Batman com equipamentos que deem mais força, habilidade, vida, defesa, etc. Essa é uma das maiores novidades em relação a versão anterior do game, porém ela foi implementada em um sistema que beira o ridículo para um videogame que custa 60 dólares (200 – 250 reais no Brasil). Injustice 2 possui um sistema de microtransações em que você paga por moeda virtual para adquirir algumas caixas de itens misteriosos (que podem ser conquistados gratuitamente durante a jogatina, portanto o sistema para conseguir algum item em específico é cansativo, pois sempre vem de forma aleatória), o esquema lembra muito o utilizado por jogos mobile gratuitos.
Há um modo história com cutscenes e lutas que cria um grandioso enredo em capítulos que lhe obrigam a jogar com diversos personagens, tendência no mercado de games. É aqui que vemos Injustice como uma história de super-heróis. A trama apresenta um impacto menor que a do primeiro. Não temos um “novo regime”, uma nova e gigantesca mudança no status quo daquele universo. Temos um vilão que reunirá os heróis novamente em uma batalha, Batman e Superman juntos de novo contra Brainiac em uma trama simples, porém bem amarrada e não deixa furos ou pontas soltas (né MK X?).
A história dessa vez parece ter alguns problemas. Primeiro que a ideia de Injustice mudou, a briga entre os heróis e os regimes foram menos discutidas, diversos personagens aparecem na história desnecessariamente (Pistoleiro, Coringa, Monstro do Pântano e Atróc). Alguns estão lá por conta dos filmes, outros porque obrigatoriamente não podem faltar em um produto do UDC. O modo história de forma alguma justifica suas presenças no game. A trama é interessante, porém já apresenta alguns sinais de cansaço e já não existe necessidade de continuar para um terceiro Injustice (mesmo sendo possível expandir esse mundo) após o desfecho dessa história.
Injustice 2 como um game é incrível, contém um sistema de lutas impressionante, possui ótimos gráficos, dublagem, sons, etc. Como história de super-heróis deixou um pouco a desejar, por aparições desnecessárias e um desenvolvimento menos impactante e interessante que o do primeiro título. Este produto consegue ser o melhor de sua categoria na geração ao mesmo tempo que expande as possibilidades para games baseados em personagens de quadrinhos, melhor que MK X e em questão de mecânicas de luta, melhor que o próprio Injustice original e MK 9. O cenário competitivo foi instigado com as customizações e com os combos possíveis, os jogadores casuais conseguiram desfrutar do jogo como se dominassem de algum modo sua mecânica de luta.
A Netherrealm novamente nos entrega um ótimo jogo que infelizmente contém alguns deslizes, mas não perde seu brilho dentre um dos melhores de 2017 e da 8ª geração de consoles.