Conheça um pouco mais sobre o mercado de licenciamento!
Hoje no Brasil o mercado de licenciamento de marcas (personagens) movimenta aproximadamente 17 bilhões de reais por ano com um montante mundial de US$ 241 bilhões no mundo.
Mas o que vem a ser licenciamento de personagens?
Licenciamento é o processo de locação de um personagem ou marca, ou seja, as detentoras cedem os direitos de utilização para outro, mediante negociação, durante um tempo e num território pré-estabelecido.
Hoje no Brasil existem em torno de 550 marcas comercializadas por uma média de 80 empresas licenciadoras.
Os licenciamentos são divididos por categorias:
– Personagens: (Barbie, Princesas, Hello Kitty, Betty Boop, Turma da Mônica, Ben 10, Galinha Pintadinha, Patati-Patata, Angry Birds)
– Filmes/Séries: (Carros, Toy Story, Shrek, Harry Potter, Crepúsculo, Homem Aranha, Dexter, Kung-Fu Panda, iCarly, Victorious)
– Comportamento: (Harley Davidson, Coca-Cola, UFC, Ferrari, TNG, Hang Lose, Bad Boy, Ecko)
– Personalidades: Ana Hickmann, Luciana Gimenez, Ayrton Senna, Adriane Galisteu, Madonna, Maisa, Fiuk, Christina Aguilera)
– Times esportivos: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Santos, Fluminense, Vasco, Barcelona)
No Brasil podemos citar dois casos de grande sucesso: Hello Kitty e Betty Boop.
Atualmente, a imagem da gatinha Hello Kitty pode ser encontrada em muitos produtos, de cartões de crédito à vestuário e embalagens de sorvete, passando por brinquedos, acessórios e joias, entre outros, movimentando US$ 7 bilhões em vendas de produtos licenciados.
Além de produtos, a Sanrio (licenciadora da personagem) faz parcerias da imagem da gata com o meio musical como com a banda Kiss, Lady Gaga, Mariah Carey dentre outros.
Outra parceria de grande sucesso foi com a marca italiana Toki Doki do designer Simone Legno, onde ele mistura a gata com seus personagens.
Já a pin-up Betty Boop foi criada em 1932 por Max Fleischer dos Estúdios Fleischer.
Foram produzidos 110 desenhos animados de 1932 até 1939, quando Betty foi barrada dos cinemas por ser muito sexy.
A partir de 1º de julho de 1934, os curtas-metragens de Betty Boop sofreram alterações de acordo com o Código Hays, que censurou algumas características da série e a aparência da personagem.
Os curtas-metragem a princípio eram direcionados para o público adulto, mas passaram a ter histórias direcionadas ao público infantil, fazendo com que Max Fleischer redesenhasse Betty de acordo com o código de produção.
Para esta adequação a personagem deixou de usar roupas muito curtas, passando a vestir roupas que cobriam seu corpo até o pescoço, bem como seu cabelo passou a ter menos rolos.
O Código também não permitia que a personagem e seu cão, chamado Bimbo, tivessem uma relação amorosa, como no curta Betty Boop’s Little Pal (1934), sendo substituido por um cachorro comum chamado “Pudgy“.
Betty acabou se tornando uma solteira politicamente correta, possuindo uma personalidade mais responsável e mais séria.
Em 1939, a produção dos curtas-metragens de Betty Boop foram encerradas, e sua última aparição foi no curta “Rhythm on the Reservation“.
Nos anos 90 a Betty Boop voltou à moda no mundo todo e seu programa de licenciamento abrange desde acessórios até maquiagem, passando por vestuário e colecionáveis, transformando a personagem em um fenômeno global.
Renovações artísticas da imagem clássica de Betty ajudaram a manter seu apelo irresistível para o mercado, inspirando as novas linhas de produtos.
No mundo, a personagem movimenta algo em torno de US$ 1 bilhão ao ano. O sucesso de Betty Boop converteu o Brasil no quinto maior consumidor da personagem no mundo.
Citamos hoje apenas 2 exemplos de licenciamento, mas este mercado é extremamente abrangente e rico, tanto no âmbito de variedade de personagens e produtos quanto em o quanto ele gera de valores em espécie.
E claro que ao falar de licenciamentos não poderíamos deixar de falar sobre Stars Wars, Disney, Marvel e DC.
Mas isso fica para outro dia.
Até a próxima!
Senhorita X
A Betty também está sendo licenciada pela Dynamite, que está publicando quadrinhos novos e encadernados de tiras, sem falar numa animação produzida por uma produtora francesa, ou eja o licenciamento de produtos deve aumentar.