O Orkut se foi. E, com ele, encerrou-se uma página importante na história das redes sociais e da história de todos nós (assumindo que você tenha mais que 18 anos hoje e tenha conhecido a internet antes da Era Facebook). Todo o mundo tem alguma coisa que mais sente falta agora que o Orkut se foi, o que é curioso, porque a maioria de nós nem abria mais pra ver o que rolava. É mais ou menos como ficar sabendo que aquele primo legal que a gente não via há anos morreu.
Para mim, o Orkut foi marcante por conta da facilidade com que conheci pessoas e elas passaram a fazer parte do meu dia-a-dia, mesmo que só pela internet. Não que isso não ocorra no Facebook. Só não acontece com a mesma facilidade, porque a dinâmica das comunidades e seus tópicos era muito mais funcional do que os grupos do Face. Fiz parte de várias comunidades, algumas delas transferidas para outras redes e ainda ativas. Nenhuma, porém, foi mais importante do que a comunidade da Turma da Mônica.

O próprio Mauricio fez os desenhos para a identidade da comunidade. (A montagem foi feita pelo Renato para o grupo do Facebook)
Foi numa tarde em Curitiba, num misto de epifania e falta-do-quê-fazer (pelo menos ele sempre disse que estava de bobeira em casa), que André criou a comunidade. Mais tarde, ela viria a contar com a presença do próprio Mauricio de Sousa e muitos membros de sua equipe e até mesmo ganharia o status de comunidade (quase) oficial. Com milhares de membros, ela permaneceu ativa até quase os últimos dias do Orkut, ainda que eu e outros membros da velha guarda já não déssemos as caras por lá com tanta freqüência.
O que torna essa comunidade tão especial em minha memória é que ela me permitiu conhecer muita gente que hoje continua reunida, ainda que só virtualmente na maior parte do tempo. Mais marcante ainda, ela me permitiu encontrar, pela primeira vez, Mauricio de Sousa e o pessoal da MSP, alguns dos quais hoje são amigos mesmo, de sair para comer alguma coisa, ir no cinema e até aparecer para filar a ceia de ano novo. (Fiz isso 3 vezes já).



A comunidade não morreu. O arquivo público dela foi salvo. Mais importante, os amigos continuam juntos. Um ou outro some, um ou outro chega, fizemos grandes coisas, outras nem tão grandes assim, às vezes até parece que vai rolar uma coelhada aqui ou ali. Mas estamos juntos. Porque foi isso que o gibi nos ensinou.
PS. Você pode ver fotos do 1º. Orkontro da Turma da Mônica na página do roteirista Paulo Back. A história escrita por Flavio Teixeira está no site da Turma da Mônica. E aqui embaixo estão o vídeo da reportagem da Play TV no dia do evento e o documentário produzido por Vicente Marinho, que também é monicólatra.
Muito lindo, Makoto! Imagino que sintam saudades desses momentos no Parque, mas sei que estão eternizados na mente de vocês. Gostei muito de poder mais uma vez, acompanhar um pouco sobre o Orkontro e a felicidade de todos vocês. Sou grato por fazer parte do grupo de vocês,hoje, no Facebook! Grande abraço 🙂