Os opostos se atraem, diz o ditado popular. E se atraem porque em cada um deles está contido o outro. Para o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, esse oposto é a sombra, a parte obscura do ego que todos nós carregamos. Todos aqueles desejos e atividade que não são culturalmente/eticamente aceitos mas que fazem parte da natureza animal do homem.
Quando a sombra se apodera de nós e então agimos de forma irracional dizemos que perdemos o controle, que não somos responsáveis, como se um ente externo estivesse no comando. Mas nem sempre a sombra é um fardo negativo. A espontaneidade, a criatividade, a intuição e as emoções profundas são momentos de emersão da sombra que contribuem para desenvolvimento pleno do ser.
Quando projetamos nossa sombra em alguém identificamos no outro as características que negamos em nós. O nêmesis é o que de mais profundo e assustador temos em nós mesmos, mas na maior parte do tempo só conseguimos identificar isso quando personificamos tudo isso no outro. Nossa sombra é nosso pior inimigo e conviver de forma transparente com ela é nossa melhor chance de amadurecer.






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